27 de setembro de 2022

Fundos de investimentos: como funcionam e como começar?

Por Thesis

Os fundos de investimentos são a alternativa preferida de muitos investidores: em 2021 tivemos mais dinheiro investido em fundos (13,2%) do que em depósitos (12,4%)*. 

Os dados falam por si sobre a popularidade dos fundos de investimentos, mas sabemos tudo sobre esses produtos financeiros?

O que são fundos e como funcionam?

Um fundo de investimento é um instrumento de poupança que reúne um grande número de pessoas que investem dinheiro em conjunto. 

A adição de pequenos montantes de capital cria uma quantidade significativa de capital que permite ao fundo diversificar entre vários ativos ou investir em todos os tipos de ativos, mesmo aqueles de difícil acesso (mercados emergentes como China ou Rússia). O objetivo é obter melhores condições do que se cada pessoa estivesse sozinha. 

Conceitos básicos de fundos de investimento (FI):

  • Os ativos do fundo são o dinheiro total que o constitui, a soma das contribuições de todos os participantes.
  • O valor patrimonial líquido é o valor de mercado da cota do fundo. É calculado diariamente e depende do valor dos ativos que compõem o fundo.
  • A subscrição é a compra de cotas de um fundo.
  • O resgate é a venda de unidades se retirarmos todo ou parte do dinheiro do fundo.

Todo o dinheiro é transferido para uma entidade, para uma equipa de gestores profissionais, que concretizará os diferentes investimentos seguindo uma estratégia previamente anunciada e acordada. 

Por exemplo, um fundo pode se dedicar a investir apenas em renda fixa; outro, em ações; outro, em grandes empresas da bolsa americana, em títulos de países emergentes…, e assim sucessivamente até chegar a uma longa lista de milhares de fundos de investimento. 

Vantagens de investir em fundos

O investimento mínimo costuma ser acessível, embora o investimento mínimo dependa de cada fundo, o acesso à maioria deles é possível para grande parte da população, já que o valor mínimo costuma ser baixo. Assim, mesmo os menores investidores têm acesso a estratégias de investimento tão poderosas quanto as seguidas pelos grandes investidores, como o investimento no Programa de investimento em imóveis do Portugal Golden Visa, um programa de imigração e investimento em imóveis ou fundos que cresce cada vez mais. 

Eles permitem o acesso a determinados mercados que são difíceis de alcançar individualmente (por exemplo, mercados emergentes). Além disso, o acesso aos mercados convencionais é realizado com melhores condições e com a facilidade de investir e desinvestir de forma simples.

São instrumentos regulados: são comercializados por gestores fiscalizados pela Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV).

São fiscalmente atraentes, pois os lucros (ou prejuízos) que geramos anualmente por meio de um fundo não precisam ser declarados até o momento do reembolso. Ou seja, só pagaremos impostos quando decidirmos vender e recuperar o capital investido. 

Além disso, o capital investido em ações pode ser transferido de um fundo para outro —mesmo que pertençam a entidades diferentes— sem pagar impostos sobre ele, diferindo os lucros ou prejuízos até o momento do reembolso.

Seremos beneficiados com juros compostos, pois os retornos são acumulados no próprio fundo.

A gestão está nas mãos de profissionais que investem de acordo com a filosofia do fundo, tomando as decisões financeiras que melhor se adéquam aos participantes.

Tipologia dos fundos de investimento

Um dos pontos fortes dos fundos é sua imensa variedade. São milhares de fundos especializados em diferentes mercados e produtos:

Fundos de renda fixa: investem em títulos; correm risco moderado.

Fundos de renda variável: investem no mercado de ações; estão em alto risco.

Fundos de renda mista: fundos em que o investimento é diversificado entre renda fixa e variável. É importante saber quais porcentagens, pois isso determinará seu risco.

Fundos globais: não possuem os produtos nem os critérios com os quais o fundo irá investir. Baseiam-se numa relação de plena confiança entre o investidor e o gestor do fundo. Obviamente, a priori estão associados a altos níveis de risco.

Fundos garantidos: garantem a recuperação do capital inicialmente investido em uma determinada data, chamada de vencimento da garantia. A desvantagem é que nem todos garantem rentabilidade adicional. Seu risco é baixo.

Fundos de distribuição: distribuem periodicamente os dividendos que obtêm das empresas em que o fundo participa. Os impostos devem ser pagos por esses dividendos.

Fundos de acumulação: não distribuem dividendos entre seus participantes, mas os reinvestem, para que o valor patrimonial líquido aumente.

Fundos de Fundos – investem mais de 50% do seu capital em outros fundos.

Fundos imobiliários: investem em bens imobiliários (casas, apartamentos, instalações…) e obtêm retornos pelo seu aluguer e pela evolução dos preços.

Entendendo mais sobre os fundos de investimento, com certeza você vai começar a investir a melhor aneira possível, sabendo exatamente sobre o que fazer e quando fazer.